Planos estratégicos de TI: 4 elementos-chave
Esperança não é estratégia. Centenas
de projetos de TI são lançados todos os dias – e mais de um terço caem
antes mesmo de decolar!
Fonte: Informationweek
Independentemente
do que nossa mente conjure quando pensamos sobre viagem aérea, uma
coisa que podemos observar prontamente é que, apesar das condições
climáticas e mecânicas da aeronave, a experiência dos atendentes de
bordo e o destino do voo são todos variáveis, porém, o sistema real, que
faz com que a aeronave se mova de um ponto a outro – inteira – é
extraordinariamente confiável.
Todo voo comercial começa com um plano
de voo, uma equipe, uma aeronave e um destino. O expedidor desenvolve um
plano baseado em um conjunto esperado de variáveis, e cada atividade é
executada para alcançar um objetivo: fazer com que a aeronave e seus
passageiros cheguem ao destino em segurança.
Pense no quão estranho é, então, que
centenas de projetos de TI sejam iniciados todos os dias, mas mais de um
terço deles vem abaixo antes mesmo de decolar. E mais do que isso, uma
recente pesquisa realizada pela Forrester revelou que, embora 50% das
empresas digam que o investimento em sistemas para melhorar o
engajamento com clientes e parceiros é uma prioridade crítica, a grande
maioria vê as tecnologias de computação da força de trabalho como um
centro de risco e alto custo, em vez de uma enorme oportunidade para
vantagem competitiva. Por quê? Porque raramente existe um destino claro
em mente, um plano racional para chegar a algum lugar e um sistema
viável em vigor para executar o plano. Na maior parte do tempo, o
destino e as formas de chegar lá são apenas estimativas vagas e os
elementos da estratégia são consolidados em esperança.
Em meio às batalhas diárias para manter a
cabeça acima d’água em TI, é quase impossível encontrar tempo para
pensar sobre o futuro ou refletir sobre as capacidades da organização em
relação a objetivos e expectativas. É justamente por isso que é tão
importante desenvolver um plano estratégico. W. Edwards Deming,
considerado o pai do movimento japonês de qualidade, coloca da seguinte
forma: “Se não puder descrever o que está fazendo como um processo, você
não sabe o que está fazendo”.
No Manual da Computação da Força de
Trabalho, da Forrester, meus colegas e eu mantemos que um plano
estratégico de computação para força de trabalho deve incluir os
seguintes elementos:
1. Declaração de missão
O objetivo da declaração de missão é,
óbvio, declarar, abertamente, como a estratégia de computação para força
de trabalho se relaciona com os objetivos do negócio. Se o objetivo de
sua empresa for se tornar o maior fornecedor de equipamentos rurais do
mundo, então toda iniciativa deve ser avaliada e priorizada com base em
como ela vai ajudar os funcionários a alcançarem a estratégia do negócio
e chegar ao destino.
2. Análise SWOT
A análise SWOT ( FFOA – Forças,
Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) é o ponto que especifica a saúde das
prioridades-chave do negócio e da estratégia de TI conforme elas se
relacionam com a cultura, capacidades e infraestrutura da empresa. Para
ameaças, tente pensar sobre algumas das coisas mais prováveis de
invalidar sua estratégia ou a execução de planos, como desastres
naturais na região ou declarações destruidoras da concorrência.
3. Lista das ações prioritárias
Essas ações devem ser cuidadosamente
ligadas tanto à declaração de missão quanto à análise FFOA. Considere
projetos e tarefas que os profissionais de infraestrutura e operações
devem executar para: 1) trazer a computação da força de trabalho para os
níveis necessários para remediar possíveis fraquezas; 2) adquirir novos
processos, habilidades e ferramentas para remediar os desafios do
futuro.
4. Trace roteiros para 12, 24 e 36 meses
Um plano estratégico é um organismo
vivo. Foram-se os dias em que um plano poderia ser definido para os
próximos cinco anos. As empresas devem definir roteiros para ações, e
devem estar preparadas para antecipar e responder aos emergentes
obstáculos e desafios. Comunicação clara, consistente e repetitiva é
essencial para manter a força.
Por fim, lembre-se que esperança não é
estratégia. Quanto mais sua organização souber sobre as condições
externas, mais as pessoas serão incentivadas a aprender e participar.
Quanto melhor compreenderem os objetivos do negócio e como o trabalho
delas contribui com eles, mais preciso será o plano estratégico, mais
confiável será sua execução e mais recompensador será para todos os
envolvidos.
Vantagens competitivas não vêm de
culturas reativas. Vêm da consciência, da ação deliberada e da cuidadosa
modelagem das habilidades corporativas para alcançar o que seus
concorrentes não conseguem. E, mais do que tudo, requer líderes de
negócio que compreendem o pensamento sistemático e que são capazes de
criar sistemas corporativos para alcançar os objetivos de seu negócio.
Por David Johnson é analista sênior da Forrester Research e serve profissionais de infraestrutura e operações.
Fonte: Informationweek
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